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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Pragas e doenças

Uma das causas dos constantes insucessos, em nosso meio, na cultura do feijão, é a ocorrência de moléstias transmitidas pelas sementes. As mais graves e freqüentes são o mosaico comum (moléstia cansada por vírus), a podridão bacteriana e a antracnose. Lavradores acostumados a usar sementes da própria lavoura (quase sempre infectada com moléstias), inconscientemente, estão espalhando os patógenos de uma geração a outra e de uma localidade a outra. É preciso que esses lavradores se convençam da vantagem do uso de sementes certificadas, isentas de agentes causadores de moléstias. Esse o melhor meio de se evitar a sua propagação e de se reduzir o prejuízo. Sementes certificadas são obtidas no campo sob inspeção, de especialistas no assunto, durante a fase de vegetação e inteiramente isentas de patógenos. A despesa maior que teriam com a aquisição de sementes certificadas é compensada com a garantia de plantas sadias, vigorosas e sem falhas.

Controle de pragas e doenças

As pragas que normalmente atacam o feijoeiro são: cigarrinhas, mosca branca, ácaros, pulgões, tripses, percevejos, lagartas Elasmo, vaquinhas, etc. As moléstias mais comuns são: ferrugem, míldio, mosaico comum, mosaico anão, mancha de levedura, antracnose, mancha angular, macrophomina, crestamento, podridão bacteriana, etc. O meio ambiente, isto é, o vento, a temperatura, a umidade, etc., tem muita influência na ocorrência de moléstias e de pragas. Assim, na lavoura de feijão da seca, é comum aparecerem míldio, ferrugem e cigarrinhas; nas culturas de feijão das águas aparecem crestamento bacteriano, macrophomina, etc. O lavrador deve estar prevenido para o surgimento dessas pragas e doenças e para as alterações do meio ambiente. A presença de insetos transmissores é outro fator multo importante na propagação de vírus e de outras moléstias acima citadas. Nas áreas vizinhas às culturas feijoeiros podem-se plantar milho para fazer barreira ou servir de quebra-vento, contanto que esteja livre de ervas daninhas hospedeiras para não constituírem focos de microrganismos patógenos. Devem-se também eliminar as sementes manchadas ou suspeitas de presença de qualquer elemento produtor de doenças. A desinfecção de sementes ajuda a eliminação dos microrganismos patógenos que se acham na superfície, garantindo a boa germinação, e poderá ser feita na base de 300 g para cada 100 kg de sementes, com diversos produtos existentes no mercado.

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